Ilhabela deverá receber primeira usina de dessalinização do estado de São Paulo

Sabesp lançou esta semana edital para empresas interessadas na construção

Vista aérea de Ilha Bela
Vista aérea de Ilhabela, no litoral paulista — Foto: Divulgação/Prefeitura de Ilhabela -

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) publicou um edital para empresas interessadas em construir uma usina de dessalinização em Ilhabela, no litoral Norte de São Paulo. A dessalinização consiste em transformar água do mar em água própria para consumo e já é empregada em outras partes do mundo, como nos Emirados Árabes Unidos e em Israel.

O objetivo, com a iniciativa paulista, é fornecer água potável para mais de oito mil habitantes do município, o que representa aproximadamente um quarto da população, ampliando a resiliência hídrica de todo o sistema de produção e distribuição de água.

Segundo a Sabesp, a capacidade de processamento será de até 30 litros por segundo, o que permitirá à empresa aumentar em 22% a oferta de água tratada e atender os clientes da cidade mesmo na alta temporada.

Os interessados têm até 25 de junho para apresentar propostas. A previsão inicial é que a usina seja implantada em 2026. A construção, segundo o G1, deverá ser erguida nas margens do Ribeirão Água Branca, um curso d’água salobra visível perto da balsa e que avança a ilha por cerca de 1 quilômetro.

Pós dessalinização

A água dessalinizada será transportada para reservatório localizado na Estação de Tratamento de Água (ETA) Água Branca, onde será distribuída para consumo da população. O edital prevê que a tecnologia empregada “será necessariamente de osmose reversa, precedida de pré-tratamento por ultrafiltração ou outra tecnologia com eficiência equivalente ao propósito da solução e comprovada pela empresa proponente”.

No processo de osmose reversa, é utilizada uma membrana semipermeável para remover o sal e impurezas presentes na água do mar e transformá-la em água limpa. Na sequência, o recurso passa por um tratamento de remineralização e, assim, se torna ideal para consumo humano.

Fonte: Redação / Um Só Planeta

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