No último domingo, 21 de julho, foi registrado um novo recorde histórico de temperatura, atingindo 17,09ºC. Contudo, esse recorde foi rapidamente superado no dia seguinte, 22, quando a temperatura média global na superfície alcançou 17,15 °C, conforme dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia.
Este novo marco ocorre em meio a uma série de ondas de calor afetando diversas regiões do hemisfério norte, especialmente nos Estados Unidos, Rússia, Canadá, China, e em vários países europeus como Portugal, Espanha e Grécia.
Rebecca Emerton, cientista climática do Copernicus, destacou que, embora variações sejam normais, o aquecimento contínuo do clima provavelmente resultará em mais recordes sendo quebrados. Cada novo recorde, segundo ela, nos leva para territórios ainda desconhecidos em termos climáticos.
Segundo a APNews, especialistas afirmam que o dia 22 de julho pode ter sido o mais quente em 120 mil anos. Isso se dá devido às mudanças climáticas atribuídas à atividade humana. Além disso, julho de 2024 marca o 13º mês consecutivo com temperaturas mais altas desde o início dos registros impulsionado em parte pelo fenômeno natural El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico e amplifica os impactos das mudanças climáticas.
Emerton também apontou que o aumento das temperaturas é evidente em grandes áreas da Antártida, contribuindo para o atual clima mais quente globalmente.
Segundo o observatório os dados são preliminares, mas apontam para um recorde diário histórico nos registros do Copernicus, que são feitos desde 1940.
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