Agricultura familiar fortalece sustentabilidade e preservação ambiental no Espírito Santo

Agricultura familiar responde por 80% dos alimentos no Espírito Santo e é essencial para sustentabilidade, segurança alimentar e preservação ambiental

Agronegócio sustentabilidade
Foto: Freepik -

A agricultura familiar é hoje um dos pilares da sustentabilidade no Espírito Santo e no Brasil. Responsável por cerca de 80% dos alimentos consumidos diariamente pela população capixaba, o setor contribui não apenas para a segurança alimentar, mas também para a preservação ambiental e a manutenção da biodiversidade.

Em entrevista ao Podcast Sustentabilidade Brasil, o superintendente estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Laércio Nochang, destacou que o fortalecimento da agricultura familiar é estratégico para um futuro mais equilibrado. “A agricultura familiar é quem coloca comida saudável na mesa e, ao mesmo tempo, ajuda a preservar o meio ambiente. Sem ela, a sustentabilidade não acontece”, afirmou.

Produção com responsabilidade ambiental

Com mais de 85 mil propriedades classificadas como familiares, o Espírito Santo tem tradição em práticas agrícolas que integram produção e cuidado ambiental. O cultivo diversificado, característico do segmento, favorece a manutenção de solos férteis, o uso racional da água e a preservação de florestas e mananciais.

Além disso, políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) incentivam o consumo local, reduzindo a pegada de carbono ao evitar longos deslocamentos e promovendo cadeias curtas de comercialização.

Crédito verde e inovação

Por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), produtores têm acesso a linhas de crédito com juros reduzidos para investir em tecnologias sustentáveis, como irrigação eficiente, energia solar e sistemas agroecológicos.

Nochang lembrou que outros países, como a Alemanha, já demonstraram que é possível unir inovação e preservação ambiental no campo. “A agricultura familiar pode ser tecnológica sem deixar de ser sustentável. O Brasil tem todas as condições de avançar nesse caminho”, destacou.

Povos e comunidades tradicionais

Outro ponto ressaltado pelo superintendente é a valorização de povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, pomeranos, pescadores e ribeirinhos, que mantêm práticas agrícolas alinhadas ao respeito à natureza. A regularização fundiária e o acesso ao Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) garantem direitos e fortalecem o papel dessas populações na conservação ambiental.

Sustentabilidade como futuro

Além do impacto econômico e social, a agricultura familiar no Espírito Santo atua como guardiã da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do país. “Cada pequena propriedade que mantém sua produção de forma sustentável está ajudando a frear o desmatamento e a proteger recursos naturais essenciais para as próximas gerações”, reforçou Nochang.

Para o MDA, a sustentabilidade não é apenas uma diretriz, mas o próprio futuro do campo. “Quando a agricultura familiar cresce de forma sustentável, todos ganham: a sociedade, o produtor e o meio ambiente”, concluiu o superintendente.

Assuntos do episódio

00:00 – Abertura e apresentação do tema
00:45 – Importância da agricultura familiar no Espírito Santo
02:30 – Agricultura familiar e sustentabilidade
04:10 – Programas de apoio: PAA e Pnae
06:00 – Crédito verde e inovação tecnológica
08:15 – Povos e comunidades tradicionais
10:05 – Agricultura familiar e preservação da Mata Atlântica
12:00 – Desafios e futuro sustentável do campo
13:30 – Considerações finais

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