As discussões preparatórias para a COP29 trazem uma boa notícia em relação ao mercado de carbono. Negociadores e especialistas técnicos chegaram a um acordo acerca das salvaguardas socioambientais para o futuro mercado de créditos de carbono sob o Acordo de Paris. A discussão estava, então, travada desde o ano passado, quando os países não chegaram a um entendimento. Assim, agora, a proposta deverá ser validada na 29ª Conferência do Clima, em Baku, no mês que vem.
Pelo acordo firmado, em evento pré-COP realizado na semana passada na capital do Azerbaijão, os desenvolvedores de projetos sob o mercado serão obrigados a identificar e abordar potenciais impactos ambientais e sociais negativos como parte de uma avaliação de risco detalhada.
Papel das salvaguardas
Os desenvolvedores também serão solicitados a definir como suas atividades contribuem para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), como acabar com a pobreza ou melhorar a saúde, além de seu objetivo principal de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
As salvaguardas socioambientais são uma demanda antiga dos países em desenvolvimento e de grupos ambientalistas. Pois estão preocupados com os impactos dos projetos de créditos de carbono aos Direitos Humanos e ao ambiente ao redor do mundo.
“Essas novas normas são um elemento-chave em nosso esforço para entregar um mecanismo de crédito que seja adequado para o futuro. Como o único mecanismo de crédito diretamente responsável pelas Partes e mandatado pelo Acordo de Paris, estamos comprometidos em garantir que ele equilibre as necessidades de atingir as metas de Paris e apoiar os participantes do mercado”, comentou Maria AlJishi, presidente do órgão de supervisão do Artigo 6.4.
A aprovação da Ferramenta de Desenvolvimento Sustentável é vista como um importante trampolim para alcançar a operacionalização completa do mercado na COP29, em novembro. Essa é, assim, uma das principais prioridades da presidência azeri nas negociações deste ano.
Fonte: Pará Terra Boa
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