Quando o Canecão reabrir, em 2026, como um novo complexo multicultural, vai se tornar também um dos primeiros espaços de entretenimento do Brasil a ter adotado um modelo autossustentável e de alta eficiência energética. É o que promete o consórcio Bonus Klefer, que ganhou a concessão do espaço.

O projeto de revitalização está sendo desenvolvido pela consultoria IS.ECO, conhecida por seu trabalho de sustentabilidade em grandes eventos e espaços de entretenimento como o Camarote Salvador, o Mita Festival e o Na Praia, maior evento lixo zero do mundo.

Com metodologia baseada nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o projeto prevê a instalação de painéis solares. Assim, para que o Canecão seja capaz de gerar sua própria energia e se torne autossuficiente. Com foco no conceito lixo zero, um rigoroso sistema de gestão de resíduos será implementado, buscando desviar 90% dos resíduos que iriam para aterros sanitários.

— Temos a oportunidade de tornar o novo espaço não apenas um local de grande relevância cultural, mas também um modelo de inovação em sustentabilidade e acessibilidade, alinhado às expectativas do público e às exigências do futuro — diz Andre Torós, CEO do Bonus Klefer.

Projeto do Canecão

O projeto arquitetônico inclui, então, o uso de materiais sustentáveis. Além disso, prevê jardins verticais e áreas de convivência arborizadas, a fim de melhorar a qualidade do ar e o conforto térmico no ambiente. A instalação de sistemas de captação e reúso de água da chuva, em atividades como limpeza e a irrigação de áreas verdes, também estão previstas.

A redução das emissões de gases de efeito estufa, por meio de plantio de árvores ou compra de créditos de carbono, é, então, outra meta. Medidas de acessibilidade e de apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade, como a criação de um espaço de acolhimento, também foram incluídas no projeto.

— Com essas iniciativas, o Canecão tem a chance de se destacar como uma referência nacional e internacional em práticas de sustentabilidade e acessibilidade. Elas trarão benefícios econômicos, sociais e ambientais — diz Kallel Kopp, CEO da IS.ECO.

Fonte: Elisa Torres / O Globo

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