Instituto Zeca Pagodinho sede área para hortas comunitárias

Em parceria do MDA, o projeto pretende capacitar as comunidades e gerar economia verde em Xerém

Zeca Pagodinho segura mudas ao lado de ministro
Projeto pretende ampliar hortas comunitárias em Xerém, no Rio. — Foto: © Raul Pereira/MDA -

Um desejo de ampliar a economia verde junto a geração de renda da comunidade de onde veio, o patrono do samba Zeca Pagodinho -através de seu instituto- promoveu uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) a fim de amplificar hortas comunitárias na região.

Assim, o objetivo do projeto é capacitar a população da própria comunidade a cultivar a agricultura urbana e periurbana ao passo que gera empregos e beneficia aproximadamente 100 famílias. 

Com isso, a UFRRJ vai sediar no local da iniciativa o projeto “Formação e Implantação de Unidades Pedagógicas e Solidárias em Agricultura Urbana e Periurbana” que desenvolveu em parceria com o Instituto Zeca Pagodinho (IZP), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Organização Cidades Sem Fome. Dessa forma, a intenção da oficialização do compromisso com o projeto social do cantor é garantir a cooperação das instituições com o projeto da universidade.

Durante a cerimônia de assinatura do projeto -que ocorreu na semana passada- o Ministro Paulo Teixeira ressaltou a importância de iniciativas como  a do Zeca Pagodinho para garantir a segurança alimentar no Brasil, em especial à população mais vulnerável.

Objetivos

“O Zeca Pagodinho empresta o seu prestígio para que todo o país possa replicar experiências como essa e, em breve período, nós consigamos tirar o povo brasileiro do mapa da fome, ter a comida farta na mesa do povo, comida de qualidade, recuperando a cultura alimentar do povo brasileiro”.

Segundo a A professora do Departamento de Ciências Econômicas do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ e coordenadora-geral do projeto, Betty Rocha, a intenção é ampliar a ação para outros municípios da Baixada Fluminense transformando o projeto em uma referência e inspiração nacional.

 “A intenção é trabalhar em parceria com a Embrapa no intuito de fortalecer a produção agroecológica e, cada vez mais, reforçar a importância da alimentação saudável, da produção de alimentos nos quintais, das hortas comunitárias, do trabalho e das práticas da economia solidária para promover a segurança alimentar”.

Da mesma forma, Roberto Rodrigues -reitor da universidade- destacou a grandiosidade do impacto social e ambiental a partir dessa ideia.

“Para a universidade é mais um projeto que a gente trabalha envolvendo alunos e alunas que vão desenvolver na prática aquilo que aprendem em sala de aula; é um projeto forte de extensão mas que também envolve a pesquisa e o ensino”, comentou Rodrigues.

O projeto

Segundo Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Penssan), atualmente, no país, cerca de 3 milhões de pessoas encontram-se em situação de risco alimentar.

Dessa forma, o projeto de Zeca e da universidade federal mantém o foco na parcela da população em maior vulnerabilidade social em Xerém. A região é o maior distrito do município de Duque de Caxias, e que já tem potencialidades para a agricultura urbana e periurbana.

Assim, a meta inicial do compromisso é traçar um  diagnóstico das experiências prévias da cidade com a agricultura urbana. Isso através de oficinas com a população e pesquisas de campo. Posteriormente, oferecerão cursos de formação e capacitação para as famílias beneficiadas do projeto. Por fim, pretendem implementar as Unidades Pedagógicas e Solidárias de Agricultura Urbana e Periurbana.

Instituto Zeca Pagodinho

O Instituto Zeca Pagodinho (IZP) é uma organização não governamental (ONG) que foi fundada em 1999 pelo sambista Zeca Pagodinho. O instituto oferece cursos e atividades socioculturais para a comunidade de Xerém e, mais recentemente, têm inserido ações socioambientais em sua agenda de projetos. Dessa forma, buscando preservar e otimizar o uso das matérias-primas da região com a geração de renda e bem estar da população.

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