Com a chegada de 2025, o Brasil se prepara para se tornar o epicentro do debate global sobre mudanças climáticas com a realização da COP30 em Belém. Para além do encontro oficial entre líderes globais e seus representantes, a conferência deverá reverberar em diferentes setores da sociedade brasileira, das empresas aos núcleos familiares.
Com escolas, universidades, comunidades e terceiro setor não será diferente. A expectativa de especialistas em educação é que a conferência influencie pautas educacionais e desperte nos jovens o senso de urgência para os desafios climáticos. Nesse cenário, o Instituto Nelson Wilians (INW), uma organização social sem fins lucrativos, que atua pela democratização de oportunidades e a mitigação das desigualdades sociais com foco em juventudes e pessoas em vulnerabilidade social, surge como referência ao conectar seu propósito de promover a educação para a cidadania com o enfrentamento das mudanças climáticas, por meio de programas como Compartilhando Direito.
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Carro chefe do INW, o projeto caracteriza-se como tecnologia social capaz de transformar jovens em agentes de mudança nos territórios onde vivem. Além de questões climáticas, aborda 11 temas adicionais, incluindo projetos de vida, violência contra as mulheres e acesso à justiça, dentre outros.
Para 2025, o programa trará uma novidade: passará a ser oferecido para escolas públicas como opção de trilha formativa do Novo Ensino Médio. Com isso, o instituto oferecerá aos estudantes uma oportunidade única de discutir os desafios enfrentados em seus próprios bairros ao mesmo tempo que se preparam para discussões nacionais e internacionais, como as que serão catalisadas pela COP30.
“O Brasil está vivendo um momento único, em que a educação para a cidadania pode ser o diferencial na formação de uma geração mais consciente e engajada”, explica William Ruiz, gerente de Projetos Sociais do INW.
Módulo de mudanças climáticas
Criado como uma formação para a cidadania, o Compartilhando Direito se propõe a ir além da teoria, oferecendo aos jovens uma abordagem prática para as questões que afetam suas comunidades. No caso das mudanças climáticas, eles terão a oportunidade de analisar desde o impacto do desmatamento até a gestão de recursos hídricos. A ideia é que, em seguida, possam identificar soluções e estratégias para enfrentar esses e outros desafios em seus territórios. Os conteúdos são alinhados às competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e estimulam discussões sobre sustentabilidade e ação local.
“No caso da emergência climática, o Compartilhando Direito é uma ferramenta poderosa para que os jovens compreendam não só a ciência por trás dos efeitos da atuação humana sobre o clima do planeta, mas também em relação a como agir no cotidiano para mitigar esses impactos”, resume Ruiz.
Um diferencial competitivo para o ensino médio
Com a crescente relevância de temas relacionados à cidadania em vestibulares e exames como o Enem, iniciativas como o Compartilhando Direito tornam-se um diferencial estratégico para as escolas. Os estudantes que participam do programa ampliam seu repertório para discussões globais, aprendem habilidades práticas para participação em espaços democráticos, desenvolvem liderança em projetos comunitários e adquirem conteúdo para participar dos grandes exames nacionais de avaliação do Ensino Médio. “É comum, por exemplo, que os beneficiários do programa se destaquem nas redações de provas como Enem e vestibulares das universidades públicas, que costumam abordar temáticas vinculadas à cidadania”, finaliza Ruiz.
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