A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) já gastou, desde o começo do ano passado até a última sexta (4), R$ 114,6 milhões para retirar lixo flutuante do Rio Pinheiros. Foram retiradas, até a última semana, um total de 63,6 mil toneladas, ou 63,6 milhões de quilos. Os dados são do Lixômetro instalado às margens do Rio, que é atualizado todas as sextas-feiras.
A coleta é realizada por meio do Programa IntegraTietê, que tem como objetivo promover ações com foco na recuperação do mais importante rio paulista do estado de São Paulo e seus afluentes. Entre os detritos mais retirados estão garrafas pet, isopor (marmitas, por exemplo) e brinquedos (como bonecas). Objetos com volume maior também são vistos com frequência, como sofás e colchões.
Toda essa poluição difusa chega ao curso d’água pela ação humana, com o lançamento direto no rio. Ou pelas chuvas, que acabam arrastando a sujeira jogada nas ruas de toda a bacia do Pinheiros. Ou seja, de bairros como Jaguaré, Itaim Bibi, Morumbi, Guarapiranga, Vila Olímpia, Panamby, Capão Redondo.
Lixômetro
Para conscientizar a população, a Semil e a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) lançaram, então, no último dia 23 de setembro um painel chamado “Lixômetro”. Foi instalado, então, às margens do Rio Pinheiros. O equipamento exibe o alto volume de materiais retirados do canal e o gasto de dinheiro público para realizar a limpeza do lixo superficial. O equipamento fica próximo à Casa Conectada, localizada no Parque Bruno Covas.
A retirada desses materiais é realizada por meio de um barco que navega ao longo dos 25 quilômetros do Pinheiros. Após a coleta, os detritos são levados, então, para um local chamado “área de rebaixo” (onde são depositados para secar). Assim, são colocados, posteriormente, em caçambas e encaminhados para aterro sanitário.
IntegraTietê
Em agosto, foi anunciado um investimento de R$ 79,5 milhões em outra ação estratégica para a melhoria do Pinheiros. Esse é o desassoreamento de 700 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do rio. O contrato iniciado em julho também faz parte do programa IntegraTietê. Desde 2023 até agosto, foram retirados 1,7 milhão de metros cúbicos de sedimentos por meio do programa. Assim, esse volume equivalente à carga de 121 mil caminhões basculantes. Dessa forma, se esses caminhões fossem enfileirados, alcançariam uma distância de 1.200 km – mais do que uma viagem entre São Paulo e Porto Alegre.
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