O governo brasileiro apresentou formalmente na semana passada, durante encontro de ministros de finanças do G20 no Rio de Janeiro, a proposta de criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (FFTS) para conservação de florestas tropicais ao redor do mundo. Dessa forma, vários países demonstraram interesse em colaborar: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Noruega, Cingapura, Emirados Árabes e Colômbia.
A proposta
“Foi muito bem recebido e todos se comprometeram a trabalhar conosco para buscar os detalhes. Não é um prato feito. Temos as principais diretrizes, mas existem detalhes e eles deverão ser feitos com nossos parceiros” disse Garo Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, ao jornal O Globo.
O objetivo do FFTS é remunerar países que têm florestas tropicais e conseguem mantê-las de pé – a verificação seria feita por imagens de satélite. Espera-se que ele levante US$ 25 bilhões (aproximadamente R$ 141 bilhões) por meio de investimentos dos países interessados. Assim, permitiria alavancar mais US$ 100 bilhões (R$ 564 bilhões) em títulos privados no mercado financeiro.
Com isso, o Brasil propõe que seja um fundo de renda fixa internacional, que alocaria recursos de investidores em títulos públicos de diversos países. Assim, haverá um retorno estimado (em dólar) de 7,5% a 8% ao ano. A maior parte desse rendimento seria destinado aos cotistas. Já o restante dos recursos indo para nações de média e baixa rendas que protegem suas florestas tropicais.
Os pagamentos seriam condicionados à quantidade de hectares de floresta protegidos por cada país. Pelos cálculos do governo, o Brasil poderia receber cerca de US$ 4 por hectare (R$ 22,5). Dessa forma, isso seria o equivalente a US$ 1,3 bilhão (R$ 7,3 bilhões) anuais, caso conseguisse zerar o desmatamento.
Assim, as autoridades brasileiras pretendem que o TFFF seja efetivamente lançado na COP 30, que será realizada no ano que vem em Belém, no Pará.
Fonte: Um Só Planeta
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