A COP30 é a 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, um evento anual onde líderes mundiais, cientistas e sociedade civil debatem e decidem sobre ações para combater as alterações climáticas. A conferência será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro de 2025, sendo a primeira que ocorre numa cidade amazónica. A COP30 tem como objetivos fortalecer o Acordo de Paris, debater a implementação de soluções sustentáveis e a participação do setor privado e da sociedade civil nas ações climáticas. 

Confira as principais informações sobre a COP30

Primeira vez no Brasil

• A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro de 2025.
• É a primeira vez que o Brasil recebe a conferência, mais de três décadas após a Rio-92, marco inicial das negociações climáticas internacionais.
• O governo brasileiro defendeu a realização do encontro na Amazônia, considerada essencial para o equilíbrio climático global.

O que é a COP?

• A COP é o principal fórum internacional para negociação de metas e políticas climáticas.
• Reúne anualmente os 198 países signatários da Convenção do Clima da ONU.
• As decisões só são válidas quando há consenso entre todas as partes.
• Desde a primeira edição, em Berlim (1995), o encontro ocorre todos os anos, com exceção de 2020, suspenso pela pandemia de Covid-19.

Quem participa?

• Chefes de Estado, ministros e diplomatas representam oficialmente os países.
• Também participam cientistas, empresários, ONGs, movimentos sociais e ativistas ambientais.
• Diversos grupos se organizam em coalizões, como o G77, que reúne países em desenvolvimento.

Como funciona uma COP

• O evento dura duas semanas: a primeira é voltada a discussões técnicas e a segunda concentra as decisões políticas.
• Os trabalhos se dividem em duas áreas principais:
  • Zona Azul: espaço oficial da ONU, reservado a delegações, chefes de Estado e credenciados. É onde ocorrem negociações diplomáticas e assinatura de acordos.
  • Zona Verde: aberta ao público, com debates, atividades culturais, palestras e workshops.

Estrutura em Belém

• O principal espaço da COP30 será o Parque da Cidade, área de 500 mil m² em transformação para receber a conferência e que ficará como legado para a população.
• Também serão usados o Hangar Centro de Convenções e o complexo Porto Futuro II.
• O governo estima investimento de R$ 4,7 bilhões em infraestrutura.

Expectativas para 2025

• A presidência brasileira promete realizar a “COP da implementação”, com foco em transformar promessas em ações concretas.
• Entre os temas centrais estão:
  • Aceleração da redução de emissões de gases de efeito estufa;
  • Financiamento climático mais robusto, após críticas aos resultados de Baku (COP29);
  • Valorização da bioeconomia e do papel da Amazônia;
  • Participação mais ativa de povos indígenas e comunidades locais.

Público esperado

• A previsão é de 50 a 60 mil participantes, incluindo cerca de 7 mil integrantes da ONU e delegações oficiais.

Prioridades já definidas

• A presidência da COP30 estabeleceu quatro pilares:
  • Cúpula de líderes mundiais;
  • Negociação de metas;
  • Agenda de ação climática;
  • Mobilização social.
• Haverá um Círculo de Liderança Indígena, reconhecendo o papel dos saberes tradicionais na construção de soluções.

Desafios

• Políticos: conciliar interesses entre países ricos e em desenvolvimento, além da postura dos Estados Unidos sob Donald Trump, crítico à agenda ambiental.
• Financeiros: ampliar o compromisso de nações industrializadas em financiar projetos de mitigação e adaptação nos países mais vulneráveis.
• Logísticos: Belém terá de dobrar a oferta de hospedagem. O governo planeja usar transatlânticos como hotéis, construir a Vila COP30 e reformar escolas para ampliar a rede de leitos.

Resultados esperados

• O Brasil deve revisar sua meta de redução de emissões, atualmente entre 59% e 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005.
• Espera-se que a conferência avance em pactos concretos para conter o aquecimento global, especialmente após o Acordo de Paris, marco histórico firmado em 2015.

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