Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu a Península de Kamtchatka, no leste da Rússia, na manhã de quarta-feira (30), horário local. O abalo provocou um tsunami que alcançou o Japão e o estado do Havaí, nos Estados Unidos.

O epicentro do tremor foi localizado a cerca de 125 quilômetros a sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade com 165 mil habitantes situada na Baía de Avacha. O Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia informou que este foi o terremoto mais forte registrado na região desde 1952.

Com profundidade de 19,3 quilômetros, considerada rasa, o abalo favoreceu a formação de ondas sísmicas. Alertas de risco para ondas destrutivas foram emitidos para diversos países banhados pelo Oceano Pacífico.

A costa do Pacífico da Rússia faz parte do chamado Círculo de Fogo do Pacífico — uma extensa área sísmica de 40 mil quilômetros que forma uma espécie de ferradura em torno do oceano. Essa zona inclui países como Estados Unidos, Canadá, Japão, além de regiões do Sudeste Asiático e Oceania.

Círculo de Fogo do Pacífico

A região é a mais ativa do mundo em termos de atividade sísmica e vulcânica. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), nove em cada dez terremotos globais ocorrem dentro dessa faixa.

Ao longo do Círculo de Fogo, existem aproximadamente 450 vulcões ativos. A intensa movimentação das placas tectônicas na área gera abalos sísmicos com frequência — os sismógrafos captam algum tipo de tremor a cada cinco minutos.

Grande parte da atividade vulcânica está concentrada nas zonas de subducção, onde uma placa tectônica desliza sob outra, provocando pressão sobre o magma. Essa pressão busca escape para a superfície, originando os vulcões.

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