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Rio 60º: Capital renova recorde histórico de sensação térmica com 62,3ºC

No último domingo (17), a capital fluminense superou seu recorde do dia anterior de 60,1ºC em menos de 24h

Termômetro atingindo 50ºC
Termômetro da capital fluminense, no final de semana- Gabriel de Paiva /Agencia O GLOBO. -

Até então, a maior temperatura já registrada na cidade do Rio de Janeiro -desde o início das medições- aconteceu no ano passado batendo 59,7ºC de sensação térmica, segundo o Clima Tempo do Sistema Alerta Rio. Neste último verão, mais especificamente no último sábado (16), esse recorde foi superado chocando todo o Brasil atingindo mais de 60º (60,1ºC). Foi só o sol raiar, no dia seguinte, para o feito ser batido pela segunda vez consecutiva, em menos de 24h. No Domingo (17) os termômetros apontaram impressionantes 62,3ºC.

Rio 60º

 A temperatura ardente chegou a esse número na estação de Guaratiba, bairro da região oeste do município carioca. De acordo com o Centro de Operações Rio, os 62,3ºC são a maior sensação térmica já sentida na cidade desde 2014, quando o órgão começou a fazer medições.

Dessa forma, a Secretaria Municipal da Saúde aconselha que os cidadãos mantenham-se bastante hidratados e procurem não realizar atividades físicas ao ar livre entre os horários de 10h às 16h, vistam roupas leves e, claro, não dispensem o uso essencial do protetor solar para se proteger das altas temperaturas. 

Além disso, fora essas recomendações básicas, o Órgão da Prefeitura do Rio ampliou as recomendações em meio ao calor de 60º estendendo-se a medidas de cuidado e prevenção para as pessoas que têm situação de saúde mais vulnerável, como as que tomam remédios de uso contínuo, principalmente pessoas que sofrem de pressão alta, diabetes e com insuficiência cardíaca. Assim, essas pessoas estão mais suscetíveis a agravar os quadros de saúde, por isso, recomenda-se ingerir mais líquidos que o habitual e não se expor ao sol diretamente por tempo excessivo. 

Onda de calor no Brasil

Assim como a capital fluminense, nove estados atravessam a atual onda de calor no país. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, há “potencial perigo” para elevação de temperaturas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esses estados estão em alerta amarelo e vermelho para o calor. Já no Paraná, em São Paulo, Mato Grosso do Sul, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a classificação é de “grande perigo”.

Ilustração do mapa brasileiro indicando onda de altas temperaturas de Norte a Sul do país.
Onda de calor toma as 6 regiões brasileiras – Clima Tempo

Aquecimento Global

Da mesma forma, preocupação não se restringe aos 60º do Rio de Janeiro. Segundo a Professora Doutora em oceanografia da UERJ Luciana Figueiredo Prado, em uma entrevista ao portal O Dia, os dois principais fatores que contribuem para esse aumento recorrente de temperatura são o aquecimento global e o fenômeno El Niño. “O primeiro é o aquecimento global, aumenta os gases estufa na atmosfera e cada vez retém mais calor no planeta. Com isso, as temperaturas globais médias ficam mais altas. E nesse ano ainda temos o El Niño, que aquece naturalmente as águas equatoriais do Pacífico. E como essa bacia é grande, há esse aumento no clima de forma global.(…)”, explica a docente. 

Nascer do Sol
Sol e tempo firme prevalece por dias consecutivos nos céus brasileiros – PixaBay

Além disso, de acordo com a Doutora, recordes de temperatura vêm sendo batido ano após ano e vem sendo uma tendência global. 

“Se formos pensar do ponto de vista do clima global, temos observado ao longo das últimas décadas sempre uma nova quebra de recorde nas temperaturas médias globais. Quando olhamos para esse valor, o ano de 2023 já está bem acima da média, aparecendo como o ano mais quente desde o início dos registros em 1850″, disse.

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