Em breve, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos começará a distribuir US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 40,1 bilhões) por meio das bolsas Solar for All para fornecer energia solar residencial. Ao financiar programas como esse, o governo norte-americano espera ajudar mais de 900 mil famílias de baixa renda não apenas a reduzir a poluição que impulsiona as mudanças climáticas, mas, também, a reduzir suas contas.
Reportagem no NPR pontua que as despesas com eletricidade aumentaram nos últimos anos. Além disso, as concessionárias estão repassando os custos de desastres crescentes causados pelo clima, como incêndios florestais, para os clientes. Junto a isso tem o fato de as pessoas usarem mais o ar-condicionado ou ventilador por conta das ondas de calor mais frequentes e intensas.
Implantação da energia solar
Os programas solares, que visam promover a justiça ambiental, podem sem benéficos neste sentido, mas enfrenta desafios nos Estados Unidos. Um deles é vencer a desconfiança de algumas comunidades de baixa renda que acham que a energia solar é uma farsa. Outro é o risco de serem cortados caso Donald Trump seja eleito presidente do país. Trump já fez campanha para acabar com as políticas de energia e clima do atual governo.
Costa Samaras, diretor do Scott Institute for Energy Innovation da Carnegie Mellon University e ex-assessor sênior de Energia na Casa Branca, disse ao NPR que uma futura administração de Trump poderá realmente reduzir a implementação de programas atuais de energia limpa.
Mais comida na mesa e menos corte de energia
A maior parte do dinheiro do Solar for All irá para entidades estaduais como o Michigan Department of Environment. Além disso, irá, também, para o West Virginia Office of Energy e o Kentucky Energy and Environment Cabinet. Essas entidades, então, darão subsídios para instituições de crédito que financiam projetos solares e de baterias, e para instaladores e desenvolvedores de projetos. Alguns fundos também irão para organizações focadas na expansão da energia solar em comunidades tribais e para programas multiestaduais, como o GRID Alternatives.
Sanya Carley, professora de política energética na Universidade da Pensilvânia, observou que ter energia solar que reduz as contas significa que as famílias conseguem colocar mais dinheiro em alimentos, remédios e em manter o ar-condicionado em um ambiente que seja “habitável”.
Além disso, esta fonte de energia, tanto em telhados de casas quanto comunitária, ajuda a evitar cortes de energia. Esses cortes são perigosos em períodos de calor e frio extremos. “Sabemos que as famílias que têm acesso à energia solar que pode reduzir suas contas de energia conseguem evitar desconexões com mais frequência do que aquelas que não têm”, relatou Carley.
A EPA estima que o programa produzirá mais de US$ 350 milhões em economias anuais nas contas de energia elétrica para famílias de baixa renda.
Fonte: Um Só Planeta
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