O trabalho e a mobilização por cidades "lixo zero"

Coletivo RN Lixo Zero fortalece educação ambiental e engajamento comunitário e apresenta avanços na Casa Sustentabilidade Brasil

Na Casa Sustentabilidade Brasil, durante a COP30, em Belém, o Coletivo RN Lixo Zero apresentou o avanço de suas ações de educação ambiental e engajamento comunitário no Rio Grande do Norte. Criado em 2021, o grupo reúne voluntários e embaixadores dedicados a disseminar práticas de redução de resíduos, compostagem e descarte adequado.

Dessa forma, a jornalista Luísa de Sá, que fundou o coletivo ao lado de outros voluntários, contou no SustentaCast que a iniciativa ganhou forma após a realização do Fórum Cidades Lixo Zero, promovido em parceria com o Instituto Lixo Zero Brasil. A partir daquele encontro, representantes de diversas regiões do estado decidiram estruturar um movimento que representasse não apenas a capital, Natal, mas também municípios como Mossoró, Caicó e Ceará-Mirim.

Lixo zero: fortalecimento de projetos locais

Hoje, o coletivo já estimulou atividades em dezenas de municípios potiguares, e a meta é alcançar todo o estado. Segundo Luísa, o papel do RN Lixo Zero não é executar diretamente as ações, mas fortalecer projetos locais já existentes. As duas principais mobilizações são a Semana RN da Compostagem, realizada em maio, e a Semana RN Lixo Zero, que acontece entre outubro e novembro.

Prefeituras, escolas, igrejas e organizações sociais se inscrevem nessas semanas temáticas e recebem apoio em divulgação, materiais e orientação. Além disso, o coletivo mantém parcerias com iniciativas ambientais, como o projeto Arboriza Natal, que atua com plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas. Assim, a integração entre movimentos tem ampliado o alcance das ações socioambientais no estado.

Durante a COP30, Luísa participou de encontros com embaixadores do Lixo Zero de diferentes regiões e acompanhou atividades da juventude ambiental do Nordeste. Assim, segundo ela, a conferência reforça o papel da sociedade civil na implementação das agendas climáticas. “Ser consciente não é só saber. É colocar em prática”, afirma. “O slogan desta COP, a COP da implementação, resume bem esse momento.”

Segundo ela, há uma integração crescente entre secretarias públicas, universidades e movimentos sociais, algo intensificado depois da pandemia. “As cidades precisam ser sustentáveis. É nelas que a vida acontece”, diz.

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