
Após um verão marcado por recordes de calor, o mês de junho de 2025 confirmou a tendência de aquecimento global persistente. Segundo dados divulgados pelo serviço europeu Copernicus Climate Change Service (C3S/ECMWF), foi o terceiro mês de junho mais quente já registrado, com temperatura média global 1,30°C acima dos níveis pré-industriais (1850–1900) e 0,47°C acima da média entre 1991 e 2020.
O calor extremo em junho de 2025 não é um evento isolado. O planeta já vinha de uma sequência preocupante: em fevereiro deste ano, a Climatempo alertou que o mundo havia completado 19 meses consecutivos com temperaturas acima de 1,5°C em relação à era pré-industrial — uma marca crítica no contexto das metas climáticas definidas pelo Acordo de Paris.
Contrastes entre os hemisférios
O mês de junho marca o início do verão no Hemisfério Norte e do inverno no Hemisfério Sul, o que explica os contrastes nas anomalias térmicas registradas em diferentes regiões do planeta. Enquanto países da Europa, da Ásia e da América do Norte enfrentaram ondas de calor intensas, algumas áreas da América do Sul e da Antártica apresentaram temperaturas abaixo da média, resultado de padrões atmosféricos locais.
Europa sofre com ondas de calor
Na Europa, junho de 2025 foi o quinto mais quente da série histórica. Países como Portugal, Espanha e o sul da França registraram temperaturas superiores a 40°C em diversos dias. A Inglaterra, por sua vez, teve o mês de junho mais quente desde o início dos registros meteorológicos, enquanto a Espanha viveu seu junho mais quente em mais de 60 anos.
Os impactos foram sentidos na saúde pública, na agricultura e no consumo de energia, com aumento na demanda por refrigeração e registros de alerta para desidratação e insolação em diversos pontos da região.
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