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G7 chega a um acordo para eliminar usinas de carvão até 2035

O grupo das sete maiores economias do mundo divulgará um comunicado oficial na terça-feira (30) detalhando como será o processo

Mineração de carvão
Mineração de carvão ocorre a céu aberto na África do Sul— Foto: Envato Elements -

Ministros do Meio Ambiente, Clima e Energia do G7 estão reunidos em Turim, na Itália, para discutir estratégias ambientais para enfrentar as mudanças climáticas. E, na reunião desta segunda-feira (29), chegaram a um acordo para fechar suas usinas movidas a carvão até 2035.

Um comunicado oficial será divulgado nesta terça, detalhando os compromissos rumo à descarbonização. “Há um acordo técnico, selaremos o acordo político final na terça-feira”, disse o ministro italiano da Energia, Gilberto Pichetto Fratin, que preside o encontro, durante entrevista com jornalistas.

Assim ele acrescentou que as autoridades também estão ponderando possíveis restrições às importações russas de gás natural liquefeito para a Europa. “A questão está na agenda técnica e política (do G7). Estamos trabalhando nisso, não posso ir mais longe… se houver uma decisão final eu a comunicarei.”

Energia nuclear e biocombustíveis são outros dois temas tratadas na reunião. Além disso, Pichetto adiantou que ambas serão mencionadas no comunicado como opções que as sete maiores economias do mundo poderão escolher para descarbonizar suas indústrias de energia e transportes.

G7 dá um passo no caminho de cumpir as metas do Acordo de Paris

Reportagem da Reuters observa que o acordo sobre o carvão marca um passo significativo na direção indicada no ano passado na COP28. Essa reunião foi realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis.

Ainda em 2023, o G7, na época sob a presidência do Japão, se comprometeu a priorizar medidas concretas para a eliminação progressiva da produção de energia a carvão, mas não indicou um prazo específico.

Juntos, os países mais ricos respondem por 38% da economia global. Além de serem responsáveis por 21% das emissões de gases de efeito estufa, segundo dados de 2021 do Climate Analytics.

Dessa forma, o instituto global de ciência e política climática apontou, em uma atualização publicada este ano, que nenhum deles estava no “bom caminho para cumprir as suas atuais metas de redução de emissões para 2030, que ainda não estão coletivamente alinhadas com 1,5°C”.

Assim, pelas políticas atuais, o G7 deverá reduzir as emissões em 19% a 33% em seis anos, em comparação com os níveis de 2019. “Isto representa, na melhor das hipóteses, cerca de metade do que é necessário. O que estimamos ser reduções de pelo menos 58% durante o mesmo período”, completou.

Fonte: Um Só Planeta

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