Fórum das Águas debate justiça climática e proteção dos territórios

Fórum das Águas será realizado em agosto na Ufes e debate justiça climática, sustentabilidade, direitos das águas e saberes tradicionais

Gota de água sustentabilidade
Imagem: IA/Freepik -

Nos dias 28 e 29 de agosto de 2025, o Espírito Santo será palco de um evento que pretende transformar o modo como olhamos para rios, mares e estuários: o Fórum das Águas, Territórios e Existências. Com programação intensa e interdisciplinar, o encontro será realizado nos auditórios da Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, e reunirá pesquisadores, lideranças comunitárias, estudantes, ativistas e profissionais de diversas áreas em torno de uma proposta urgente e inovadora: enxergar as águas como territórios vivos e agentes de resistência, em meio a crises climáticas e desigualdades socioambientais.

Organizado por uma comissão voluntária que conta com Mariana Klein, Jerônimo Carvalho, Flora Gaspar e Valmir Brunelli, e realizado pelo Instituto Sustentabilidade Brasil, o fórum pretende ampliar o debate sobre políticas públicas, justiça climática e sustentabilidade, valorizando diferentes formas de conhecimento. A programação inclui mesas-redondas, palestras, apresentações culturais e oficinas com temas como unidades de conservação, territórios das águas doces e salgadas, direitos das águas, desinformação climática, pesca artesanal e restauração de manguezais. Tudo com tradução em Libras, infraestrutura acessível e espaços de convivência pensados para a troca de ideias — incluindo intervalos com o “Café e Prosa”.

“Nossa proposta é que o Fórum das Águas funcione como uma ponte: aproximar quem vive do rio, quem estuda o rio e quem decide políticas para o rio. Essa costura é o que torna possível proteger territórios e garantir justiça hídrica”, explica Mariana Klein, diretora de projetos do Instituto Sustentabilidade Brasil e uma das coordenadoras do fórum.

O evento se conecta às especificidades do Espírito Santo, um Estado cuja geografia é profundamente marcada pela presença das águas. Rios, mangues e mar fazem parte da cultura e da economia capixaba, mas também enfrentam pressões ambientais e conflitos pelo uso da água. É nesse contexto que o fórum propõe novos olhares e soluções, especialmente ao dialogar com comunidades tradicionais e povos que convivem diretamente com esses ecossistemas.

O espaço escolhido para o evento conta com dois auditórios — o Carlos Drummond de Andrade, com capacidade para 80 pessoas, e a Sala Nazian Azevedo de Moraes, com 55 lugares. Entre uma atividade e outra, o público poderá acompanhar também apresentações culturais, como o Coral Guarani, valorizando saberes ancestrais e a arte como forma de resistência.

O Fórum das Águas, Territórios e Existências é gratuito, aberto ao público e busca inspirar práticas mais sustentáveis, justas e inclusivas. Para quem acompanha com atenção os debates sobre mudanças climáticas, proteção ambiental e justiça hídrica, o evento representa uma oportunidade única de formação, articulação e troca de experiências — tanto acadêmicas quanto populares.

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