Europa sofre com calor recorde, mortes e incêndios florestais

Onda de calor
Foto: ilustrativa/Pixabay -

Pelo menos oito pessoas já morreram na Europa em meio a uma onda de calor histórica que atinge o continente. França, Espanha, Itália, Alemanha, Portugal e Turquia estão entre os países mais afetados. Na França, o mês de junho foi o mais quente desde o início dos registros meteorológicos em 1900, com Paris registrando até 42 °C. Ao menos 2,2 mil escolas foram fechadas no país e 300 pessoas precisaram de atendimento médico por insolação — duas delas morreram, incluindo uma menina de dez anos. Na Alemanha, a medida “hitzefrei” foi adotada para liberar alunos das aulas diante das temperaturas que chegaram a 39 °C em Berlim.

Na Espanha, os termômetros chegaram a 46 °C em Huelva, e o país enfrenta ainda incêndios florestais devastadores. Em Lérida, na Catalunha, o fogo destruiu 6.500 hectares, obrigou o confinamento de 14 mil pessoas e causou a morte de duas vítimas. Em Tarragona, uma criança de dois anos morreu após ser deixada sozinha em um carro sob o sol. Em Portugal, a cidade de Mora bateu o recorde nacional para junho com 46,6 °C. Diante do cenário, diversas cidades ativaram protocolos de emergência, com distribuição de água, envio de alertas por SMS e abrigos para pessoas vulneráveis.

A Organização Meteorológica Mundial classificou a onda de calor como um “assassino silencioso” e alertou que eventos extremos como esse serão cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas causadas por ações humanas. Cientistas comparam o episódio às ondas de calor de 2003 e 2022, que provocaram dezenas de milhares de mortes prematuras. A chefe da União Europeia para a Transição Energética criticou a “covardia política” frente à crise climática e cobrou respostas mais eficazes. Enquanto isso, especialistas recomendam hidratação constante, evitar exposição ao sol e cuidados redobrados com crianças, idosos e doentes crônicos.

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