Espírito Santo ultrapassa dois milhões de mudas plantadas da Mata Atlântica

Espírito Santo lidera recuperação ambiental no Brasil com mais de 2 milhões de mudas da Mata Atlântica plantadas entre 2023 e 2025

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Foto: divulgação/Governo do ES -

O Governo do Espírito Santo anunciou que, entre 2023 e agosto de 2025, foram contabilizadas mais de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica plantadas em território capixaba. O resultado é fruto da integração entre ações estaduais, municipais e do setor privado, reforçando o compromisso coletivo com a restauração e preservação do bioma.

O levantamento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) confirma o protagonismo do Estado em políticas ambientais. Em abril de 2025, o Espírito Santo alcançou a primeira colocação no ranking nacional de recuperação de áreas degradadas, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), reafirmando sua posição de referência no cenário brasileiro.

Entre os municípios que mais se destacaram estão Montanha, Pinheiros, Muniz Freire e Alegre. No âmbito estadual, o Programa Reflorestar segue como a principal iniciativa de restauração florestal. Em mais de 12 anos de atuação, já recuperou 12 mil hectares de florestas, preservou outros 13 mil hectares e viabilizou o plantio acumulado de mais de 9,1 milhões de árvores. O programa também investe em ações estruturantes, como barraginhas, caixas secas, terraços e biodigestores, fundamentais para a conservação de solo e água.

O Reflorestar contribuiu ainda com o plantio de mais de 1,3 milhão de mudas, em modalidades conservacionistas, com espécies nativas, e em produtivas, por meio de sistemas agroflorestais que incluem café e frutíferas. Com investimentos superiores a R$ 100 milhões e mais de 5,2 mil produtores atendidos, consolidou-se como uma das políticas públicas mais relevantes do País em restauração ambiental e desenvolvimento sustentável.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, os avanços refletem o engajamento conjunto, mas ainda exigem continuidade. “O Espírito Santo dá um passo importante ao liderar esse movimento, mas a urgência climática nos obriga a avançar ainda mais. É fundamental que iniciativas públicas e privadas se unam para acelerar a recuperação da Mata Atlântica e assegurar qualidade de vida e segurança hídrica para as futuras gerações”, destacou.

O compromisso capixaba está alinhado ao Tratado da Mata Atlântica, firmado em outubro de 2023 pelos estados do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O pacto prevê o plantio de 100 milhões de mudas até 2026, a restauração de 90 mil hectares, a criação de corredores ecológicos, o combate ao desmatamento ilegal e a implementação de um mercado regional de carbono.

Segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Espírito Santo mantém cerca de 11% de sua cobertura original do bioma. O índice, superior à média nacional, reforça a importância das políticas estaduais para garantir a biodiversidade e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.

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