O Espírito Santo desponta como referência nacional na agenda climática, com programas estruturados para enfrentar os impactos climáticos com governança, integração e participação dos municípios. O Programa Capixaba de Mudanças Climáticas opera, hoje, como um guarda-chuva que abriga dezenas inciativas.
Entre os destaques, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni, apontou, em entrevista ao SustentaCast, na Casa Sustentabilidade Brasil, o Reflorestar, principal política capixaba de pagamento por serviços ambientais. Ao longo dos últimos anos, o programa reflorestou mais de 13 mil hectares e mantém outros 10 mil hectares de vegetação nativa em pé. Nos próximos ciclos, a meta é ampliar em mais 22 mil hectares, especialmente na Bacia do Rio Doce. O secretário destacou que o programa alia restauração ecológica com renda para agricultores, por meio do plantio consorciado de espécies nativas e produtivas.
Espírito Santo na rota da sustentabilidade
Outro eixo apresentado foi a estratégia de redução de emissões na frota pública. Rigoni explicou que, com a mudança da matriz de combustíveis dos veículos do governo, que está substituindo gasolina por etanol, o Estado passou a evitar emissões proporcionais ao reflorestamento de 2.160 hectares por ano. Ele também mencionou o programa Mais Gás, que estimula o uso de gás natural e biometano como alternativas mais limpas para indústrias e empresas. “O biometano é emissão zero. É o melhor dos mundos”, afirmou.
As iniciativas continuam, explica o secretário. Na COP30, o Espírito Santo anunciou o lançamento do Plano Estadual de Adaptação às Mudanças Climáticas, que entra em consulta pública, e o Programa Cidades Resilientes. A iniciativa vai elaborar planos de adaptação e redução de risco para os 78 municípios capixabas, em parceria com a Ufes. “É inédito no Brasil. Outros estados têm três ou quatro municípios com plano. O Espírito Santo terá todos”, disse o secretário.
Rigoni também apresentou o Selo Descarboniza, criado para reconhecer empresas que reduzam, no mínimo, 5% de suas emissões. O selo pode ser acumulado, com metas progressivas de redução e previsão de bonificações fiscais futuras como incentivo à descarbonização do setor privado. “Quem faz esforço tem que ter benefício”, afirmou.
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