
Em meio a questionamentos sobre a infraestrutura de Belém para sediar a COP30, o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, foi enfático nesta sexta-feira (1º): a cidade paraense segue confirmada como sede do evento climático.
A declaração de Lago ocorre após circular uma carta enviada à ONU por representantes estrangeiros. O documento menciona, além dos altos preços, preocupações com a qualidade das acomodações disponíveis na capital do Pará.
Para enfrentar os desafios logísticos, o governo brasileiro mantém uma agenda ativa com os principais órgãos envolvidos na organização da conferência. Uma nova rodada de reuniões está prevista para o próximo dia 11 de agosto, com participação do governo federal, do governo do Pará e da UNFCCC (Secretariado da Convenção do Clima das Nações Unidas). Os encontros devem tratar de temas como hospedagem, mobilidade urbana, segurança, alimentação e inclusão.
A Secretaria Extraordinária da COP30 reforçou que o evento será planejado com foco na acessibilidade, diversidade e representatividade. Segundo a pasta, o plano de hospedagem está em andamento e será executado por etapas. Neste momento, a prioridade é atender as delegações que atuarão diretamente nas negociações oficiais.
Atualmente, estão disponíveis cerca de 2.500 quartos individuais com preços entre US$ 100 e US$ 600. A distribuição foi feita conforme os critérios da ONU:
- Países classificados como Menos Desenvolvidos (LDCs) e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEIDs) têm à disposição 15 quartos por delegação, com tarifas entre US$ 100 e US$ 200.
- Os demais países contam com 10 quartos por delegação, com diárias variando entre US$ 220 e US$ 600.
Apesar das críticas, o governo brasileiro reafirma que Belém tem condições de sediar uma COP histórica, destacando a importância de realizar a conferência no coração da Amazônia como parte simbólica e estratégica da agenda climática internacional.
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