COP30 deve ser “rito de passagem” para futuro sustentável, diz presidente designado

André Corrêa do Lago convida o mundo a tratar a COP30 como marco para um futuro justo, com foco em pessoas e ação climática concreta

Pavilhões Brasil COP30
Foto: divulgação/Apex -

O presidente designado da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, convidou a comunidade internacional a encarar a conferência, que será realizada em novembro de 2025 em Belém (PA), como um “rito de passagem” para um futuro mais justo e sustentável. Em sua quinta carta aberta, divulgada na terça-feira (12), Corrêa do Lago afirmou que as pessoas não são apenas vítimas da crise climática, mas protagonistas na resposta global.

“Podemos usar a COP30 para processar coletivamente o luto por um modelo de desenvolvimento que prometeu prosperidade no passado, mas que já não oferece esperança para o futuro”, declarou. Baseada nos princípios da ONU, a mensagem coloca as pessoas no centro das ações e reconhece a importância de incluir comunidades historicamente marginalizadas, deslocadas ou silenciadas como atores essenciais e detentores de direitos.

O embaixador destacou que a presidência brasileira criou um modelo de governança compartilhada com instrumentos como os Enviados Especiais, a Campeã da Juventude e o Círculo dos Povos, além de inserir as pessoas nas negociações sobre adaptação, transição justa, igualdade de gênero, povos indígenas e perdas e danos.

Segundo Corrêa do Lago, cada pilar da COP30 e os seis eixos da Agenda de Ação terão caminhos claros para implementação, com foco na dignidade e na liderança comunitária. Ele defende que o combate às mudanças climáticas deve enfrentar desigualdades estruturais, erradicar a fome e combater a pobreza, alinhando-se ao desenvolvimento sustentável e à promoção dos direitos humanos.

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