BNDES Verde: iniciativas reforçam compromissos com meio ambiente e sustentabilidade

Banco também possui iniciativas voltadas à restauração ecológica de biomas brasileiros, no âmbito da iniciativa “Floresta Viva"

Faixada do prédio sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Miguel Ângelo/Confederação Nacional da Indústria (CNI) -

“O BNDES do futuro é verde. Com o aquecimento global, estamos vivenciando catástrofes ambientais sem precedentes e a tragédia social está em toda parte. Apoiar a transição justa para a economia de baixo carbono orienta a estratégia do Banco. A prioridade do BNDES é também preservar a Amazônia e outros biomas brasileiros.” O discurso de posse do presidente Aloizio Mercadante, em fevereiro de 2023, sintetiza uma série de iniciativas voltadas à preservação do meio ambiente e à sustentabilidade, conduzidas e implementadas pelo Banco, desde então.

Entre os projetos de destaque está o “Fundo Amazônia”, administrado pelo BNDES, que tem por finalidade captar e aplicar recursos não reembolsáveis em “ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal”. Há também a “Estruturação de Soluções em Parques e Florestas”, iniciativa verde do Banco focada na conservação de áreas florestais e na promoção do desenvolvimento sustentável.

Além disso, em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA), o BNDES também promove o programa “Sertão Vivo – Resiliência Climática no Semiárido Nordestino”, que se destaca por suas ações voltadas a mitigar os efeitos das mudanças climáticas em uma das áreas mais áridas e vulneráveis do país.

Projeto do Fundo Verde

O Banco também possui iniciativa verde voltada à restauração ecológica de biomas brasileiros, no âmbito da iniciativa “Floresta Viva”, que visa a recuperação de áreas degradadas e coordena a iniciativa “BNDES Azul”, voltada à exploração econômica e sustentável da chamada “Amazônia Azul”.

Em outra frente, o BNDES também tem promovido ações de inclusão produtiva urbana e rural, incentivando a geração de renda e trabalho, e financiado a gestão pública e o desenvolvimento urbano resiliente.

Outros esforços incluem financiamentos a importantes projetos de infraestrutura, como saneamento, descarbonização da frota de transporte público, melhorias em aterros sanitários e mobilidade urbana, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país.

Conheça abaixo duas iniciativas do BNDES relacionadas ao tema do desenvolvimento verde:

FUNDO AMAZÔNIA

Rio Amazonas
Foto: Portal BNDES

Criado em 2008, o Fundo já apoiou 111 projetos, em um investimento total de R$ 2,1 bilhão. As ações apoiadas já beneficiaram aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 terras indígenas na Amazônia e 196 unidades de conservação.

O Fundo em números

Atividades Produtivas Sustentáveis

  • 241 mil pessoas beneficiadas com atividades produtivas sustentáveis;
  • 75 milhões de hectares em área de floresta com manejo sustentável;
  • R$ 294 milhões em receitas obtidas com a comercialização de produtos;
  • 653 instituições apoiadas diretamente e por meio de parceiros.

Nova escala do apoio do Fundo Amazônia

Chamadas públicas:

  • Sanear Amazônia – Água Potável para Comunidades da Amazônia – R$ 450 milhões, abrangendo cinco estados na Amazônia ampliar acesso à água de qualidade e inclusão social e produtiva de 4.626 famílias nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia. A iniciativa também promove a melhoria das condições de vida e segurança alimentar e nutricional dos povos, comunidades tradicionais e pequenos agricultores.
  • “Amazônia na Escola: Comida Saudável e Sustentável” – R$ 336 milhões para produção de alimentos por agricultores familiares, incluindo povos indígenas, quilombolas e demais povos e comunidades e tradicionais, por meio da melhoria da estrutura produtiva e do fortalecimento das suas organizações. Além disso, inclui-se a aquisição e consumo de alimentos produzidos de forma sustentável por agricultores familiares. Assim, poderão fornecer alimentação escolar nas redes públicas de ensino da Amazônia Legal.
  • Restaura Amazônia (2023) – R$ 450 milhões para financiamento não reembolsável de atividades de restauração ecológica com espécies nativas e/ou sistemas agroflorestais em sete estados: Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão. 
  • Arco da Restauração: Frentes de restauração da vegetação em grandes áreas desmatadas e/ou degradadas (restauro, regeneração, florestas produtivas etc.), com recursos do Fundo Amazônia (Restaura Amazônia) e Fundo Clima.
Comunidade ribeirinha
Foto: Portal BNDES

O Arco da Restauração vai reconstruir florestas para capturar carbono e reduzir emissões. Dessa forma pretende preservar a biodiversidade e gerar emprego e renda. Além disso, prevê construir uma barreira de contenção do avanço do desmatamento.

Com isso, o objetivo é restaurar 24 milhões de hectares na Amazônia. Investimentos: R$ 51 bilhões ou USD 10 bilhões.

Assim, a recuperação de 6 milhões de hectares considerados prioritários até 2030, com a captura de 1,65 bilhão de toneladas de carbono da atmosfera.

Doações: diversificação da base de parceiros

Desde 2023, novos parceiros doadores do Fundo:

  • Japão (primeiro país asiático no FA, assinou contrato em fevereiro de 2024)
  • EUA (assinou contrato em setembro de 2023)
  • Suíça (assinou contrato em outubro de 2023)
  • Reino Unido, durante a COP de Dubai em dezembro

Assim, até o momento, o Fundo recebeu R$ 3,5 bilhões em doações.

Além disso, o Fundo Amazônia está em negociação com Dinamarca e União Europeia, para que se sejam novos doadores. Também estão em discussão novas doações da Noruega e dos EUA.

ESTRUTURAÇÃO DE SOLUÇÕES EM PARQUES E FLORESTAS

Cachoeira
Foto: Portal BNDES

Assim, o Banco, por meio de sua Área de Estruturação de Soluções de Infraestrutura, também apoia órgãos ambientais federais e subnacionais na construção de projetos que visam atrair investimentos privados para a proteção, conservação e desenvolvimento de florestas públicas no país. Nesse sentido a área tem apoiado em três grandes vertentes:

  • Projetos de uso público em unidades de conservação e parques urbanos: utilização da beleza cênica inerente aos parques brasileiras para fomentar o turismo sustentável e a geração de renda para as comunidades no entorno desses ativos.
  • Projetos de manejo florestal sustentável em florestas públicas (destinadas e não destinadas): manejo sustentável de florestas públicas, com o objetivo de frear a pressão do desmatamento, por meio da criação de modelos de negócio sustentáveis no longo prazo na região amazônica. Da mesma forma, outro objetivo é criar mecanismos para substituição da madeira ilegal por madeira certificada no mercado consumidor nacional e internacional.
  • Projetos de restauração ecológica em unidades de conservação: recomposição de áreas degradadas (desmatada) em florestas públicos, por meio de parceria com o setor privado.

A carteira conta com mais de 60 projetos ativos. Assim, compromete-se com a possibilidade de atrair investimentos da ordem de R$ 12 bilhões para serem investidos em áreas públicas, principalmente na Amazônia.

Cabe destaque à carteira de projetos de restauração ecológica que envolve projetos inovadores para recompor a floresta amazônica. O modelo prevê a atração de investidores privados que ficarão responsáveis pela recuperação de áreas degradadas. Essas localizadas em unidades de conservação e que serão remunerados pela venda de créditos de carbono. Com isso, o primeiro projeto do tipo está sendo estruturado na Floresta Nacional do Bom Futuro em Rondônia. Dessa forma, ele prevê a recuperação de 18 mil hectares, mobilizando investimentos de mais de R$ 600 milhões.

Fonte: Agência BNDES de Notícias

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