Economia azul sustenta o futuro das águas brasileiras

Economia azul no Brasil: chave para desenvolvimento sustentável, preservando recursos marinhos e impulsionando crescimento econômico

Economia azul
Foto: Freepik/divulgação -

O Brasil possui jurisdição sobre uma área oceânica com cerca de 5,7 milhões de km², que equivale a mais da metade da massa terrestre do país. Dos mares, são retirados cerca de 95% do petróleo, 80% do gás natural e 45% do pescado produzidos no Brasil. Pelas rotas marítimas escoa-se mais de 95% do comércio exterior brasileiro. Os dados são da Marinha do Brasil.

Essa é a Economia do Mar, que refere-se às atividades econômicas como pesca, aquicultura, transporte, exploração de recursos minerais e energéticos e turismo. Mais abrangente, surge o conceito de Economia Azul, que tem uma perspectiva mais ampla e traz reflexões sobre a contribuição dos oceanos e bacias hidrográficas à economia e a necessidade de garantir a sustentabilidade ambiental e ecológica das águas.

Se, por um lado, essa dinâmica instrumenta o uso dos recursos vivos e não vivos em benefício do desenvolvimento, por outro, provoca crescente preocupação com a saúde dos oceanos, principalmente para assegurar que as futuras gerações também possam usufruir dos recursos neles existentes.

A Economia Azul abrange não apenas atividades econômicas, mas a gestão sustentável dos recursos marinhos, a proteção do meio ambiente, desenvolvimento de tecnologias e inovações para uma economia mais sustentável, a promoção do bem-estar social e humano das comunidades costeiras e busca um desenvolvimento econômico sustentável e responsável, que respeite o meio ambiente e as comunidades locais.

“A exploração dos recursos do oceano, com a devida atenção à conservação do meio ambiente costeiro e oceânico, e a dinamização da economia das comunidades costeiras são questões cada vez mais relevantes. A conservação do oceano torna a vida no planeta possível. Alterações em suas condições, como poluição, o aquecimento da temperatura e a acidificação das águas podem trazer consequências econômicas relevantes para atividades relacionadas direta e indiretamento ao oceano, além de consequências ambientais e climáticas”, aponta o artigo Economia Azul e crescimento econômico: o mar brasileiro em perspectiva.

A preservação dos ecossistemas do oceano e de sua biodiversidade mostra-se fundamental para a vida, aponta o estudo. “A exploração dos recursos oceânicos pode trazer ganhos econômicos, como visto anteriormente, e refletir em efeitos positivos para benefício da sociedade. O equilíbrio entre exploração e o mínimo de interferência nos ecossistemas marinhos é uma equação complexa que deve ser dirigida por políticas públicas adequadas, coordenadas e eficientes, em prol do bem comum, principalmente porque a busca por recursos na zona marítima tem aumentado nas últimas décadas”.

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