Rede Pocante conecta profissionais do Terceiro Setor para o fortalecimento de projetos que geram impacto social

Rede Pocante e Sincomércio promovem encontro sobre comunidades e captação de recursos para o Terceiro Setor no Alto Tietê

Iniciativa reuniu profissionais que desenvolvem projetos em diferentes segmentos, voltados ao impacto social, cultural, econômico e educacional (Foto: Benny Avelino)
Iniciativa reuniu profissionais que desenvolvem projetos em diferentes segmentos, voltados ao impacto social, cultural, econômico e educacional (Foto: Benny Avelino) -

Momentos de trocas, inspirações e conexões, além de aprendizados teóricos e práticos para auxiliar no entendimento e desenvolvimento do Terceiro Setor no Alto Tietê. Assim foi a segunda edição do “Café, Projetos e Terceiro Setor”, realizado pela Rede Pocante em parceria com o Sincomércio. A iniciativa reúne profissionais que desenvolvem projetos em diferentes segmentos, voltados ao impacto social, cultural, econômico e educacional

A cada edição, um novo tema é abordado com propósito de ampliar o profissionalismo no segmento, e, sobretudo, colocar em conexão aqueles que, em meio às dificuldades para manterem suas ações – independentes ou institucionais – superam os desafios e se mantém ativos em prol de iniciativas que os representam e realçam seus desejos de fazerem algo em prol de mudanças significativas nos territórios onde atuam.

Pensando em “comunhão”, o encontro, realizado em fevereiro, na sede do Sincomércio, em Mogi das Cruzes, teve como tema “Comunidades como estratégia para captação de recursos”. Ju Campos, especialista em Comunidades da Rede Pocante, mediou as atividades, compartilhando a sua bagagem técnica e vivência prática com o estudo de caso do Centro de Convivência e Cultura de Santo André, na Bahia, onde ela atua.

A especialista ressaltou a importância de todos se sentirem parte de um grupo que representa suas causas, identidades e propósitos.

“Comunidade é um tipo de organização que junta pessoas e faz com que elas se sintam parte. Idealmente, isso fornece a elas uma identidade com a qual compartilha orgulhosamente. É aquele lugar pelo qual sentimos um vínculo, e a gente precisa de um grupo que nos entenda”, explicou Juliana.

“Em que comunidade você se sente parte?”, indagou os participantes, levando todos a pensarem em rede, a fim de evidenciar a potência das ações realizadas colaborativamente, inclusive, nos territórios onde os projetos ocorrem, que devem – e precisam – envolver a comunidade. Seus propósitos, atividades e impactos precisam ser delineados e colocados em prática com o grupo ao redor, para que todos se sintam contemplados pelas ações, sobretudo, sob o aspecto pessoal. Quando se estabelece esse vínculo, as comunidades se tornam aliadas potentes para a captação de recursos – dentre eles, os humanos – para garantir o pleno desenvolvimento dos projetos.

Com o tema “Comunidades como estratégia para captação de recursos”, o encontro foi mediado pela especialista Ju Campos, que compartilhou a sua bagagem técnica e vivência prática nas comunidades onde atua (Foto: Benny Avelino)
Com o tema “Comunidades como estratégia para captação de recursos”, o encontro foi mediado pela especialista Ju Campos, que compartilhou a sua bagagem técnica e vivência prática nas comunidades onde atua (Foto: Benny Avelino)

Profissionalismo no Terceiro Setor

“Somos pessoas inquietas, com fome de conhecimento, que desejam transformar o mundo em lugar melhor através da conexão com outras pessoas”, destacou Juliana Campos com relação àqueles que veem em seus projetos uma forma de movimentar seus territórios, unindo-se uns aos outros em busca de mudanças, para amenizar problemáticas que nem sempre o poder público dá conta de promover.  São destas inquietações que surgem importantes projetos do Terceiro Setor. Eles têm seu aspecto transformador, e, no geral, partem de um sonho do seu idealizador em movimentar sua comunidade em prol de significativas melhorias em algo que os incomoda.

Suéller Costa, do Educom Alto Tietê, entre idealizadores de projetos regionais, a mediadora do encontro, Ju Campos, e a energizadora da Rede Pocante, Ariane Perez (Foto: Benny Avelino)
Suéller Costa, do Educom Alto Tietê, entre idealizadores de projetos regionais, a mediadora do encontro, Ju Campos, e a energizadora da Rede Pocante, Ariane Perez (Foto: Benny Avelino)

No entanto, a formadora destacou que esse trabalho – que ganha olhares pelo caráter social – também é profissional, precisando, por sua vez, de apoio, parcerias, respaldo, e, sobretudo, financiamento para a sustentabilidade, inclusive, econômica das ações. Juliana apontou que essa área merece mais reconhecimento, e os profissionais que nela atuam, a devida valorização e visibilidade de suas práticas. “Desejamos fortalecer o profissionalismo no Terceiro Setor, pois precisamos ser vistos, afinal, movimentamos o Produto Interno Bruto (PIB) e a economia do país”, enfatizou.

Orientações sobre impacto, estratégia e gestão de organização do Terceiro Setor foram elencados ao longo do encontro, que contou com exposição, debates, dinâmicas e atividades em grupos, por meio das quais todos puderam compartilhar seus trabalhos. Momento precioso para aliar interesses em comum e se integrar àqueles que, de alguma forma, podem – de forma mútua – contribuir com o desenvolvimento dos projetos em andamento. Uma rede foi formada, por meio da qual, os participantes seguirão em sintonia para ajudar no fortalecimento de seus ideais frente às iniciativas que lideram na região.

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