Após apelos de indústrias e governos ao redor do mundo, a Comissão Europeia informou nesta quarta-feira (2) que proporia o adiamento por um ano da implementação do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR). Para que isso de fato aconteça, é preciso a aprovação do Parlamento Europeu e dos estados-membros da UE.
A legislação, prevista para entrar em vigor no fim do ano, proíbe a importação de commodities ligadas ao desmatamento e foi saudada como um marco na luta contra as mudanças climáticas.
Contudo, diversos países, incluindo o Brasil, dizem que ela é protecionista e pode acabar excluindo milhões de pequenos agricultores do mercado europeu. Além disso, empresas alertaram que a medida interromperia as cadeias de suprimentos da UE e aumentaria os preços.
Os próprios estados-membros da EU se mostraram preocupados. Cerca de 20 dos 27 pediram, em março, que a regulamentação fosse reduzida ou até suspensa. A alegação foi que ela prejudicará os próprios agricultores do bloco, que também seriam proibidos de exportar produtos cultivados em terras desmatadas.
O mercado e a Comissão Europeia
A Eurocommerce, que representa o setor varejista europeu, disse estar grata pela Comissão ter reconhecido suas preocupações em relação à conformidade e possíveis interrupções na cadeia de suprimentos, afirmou a Reuters.
Mas ativistas ambientais criticaram a possibilidade de adiamento da implementação. “Ursula von der Leyen [presidente da comissão] poderia muito bem ter empunhado a motosserra ela mesma. As pessoas na Europa não querem produtos de desmatamento, mas é isso que esse atraso vai dar a elas”, disse o Greenpeace.
Mas ativistas ambientais criticaram a possibilidade de adiamento da implementação. “Ursula von der Leyen [presidente da comissão] poderia muito bem ter empunhado a motosserra ela mesma. As pessoas na Europa não querem produtos de desmatamento, mas é isso que esse atraso vai dar a elas”, disse o Greenpeace.
Fonte: Um Só Planeta
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