2024. O Brasil vive, oficialmente, a maior seca de sua história recente, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (CEMADEN). Segundo dados e medições, esta é a primeira vez que, praticamente, todo o território brasileiro passa por essa crise climática rigorosa. Com exceção do estado do Rio Grande do Sul, todos os demais 25 estados, mais o Distrito Federal, protagonizam a condição de queimadas mais severa que se tem registro.
Diante desse cenário, os danos preveem prejuízos sem precedentes. Alguns deles já atingem a realidade dos brasileiros de imediato. Baixa umidade e qualidade do ar. Aumento exacerbado da poluição atmosférica. Problemas de saúde. Perdas no cenário ambiental dos ecossistemas dos biomas brasileiros. Entretanto, uma das mais preocupantes problemáticas está na direta influência da seca histórica com a segurança alimentar.
A estiagem junto aos focos de incêndios de se perder de vista atingem a produção de alimentos básicos e triviais na rotina da população. Dessa forma, além do impacto interno do cultivo, a esfera econômica também paga um alto preço. Itens de alta demanda do mercado de exportação já encontram-se em crise de produção. Assim, alimentos como a laranja, a banana e o café sofrem risco de queda nas safras que estão por vir. Somado a isso, no final das contas, o bolso da população também acaba arcando com a crise em cadeia. Ou seja, nenhuma esfera permanece ilesa aos danos do trágico cenário ambiental que o antigo território VERDE e amarelo protagoniza.
Pânico na produção
Um dos motivos que detalham o problema está na localização da produção das frutas e grãos que concentram-se grande parte em São Paulo, no Espírito Santo e no Triângulo Mineiro, por exemplo -regiões bastante castigadas pela seca e, também, pelos focos de incêndio.
Com relação ao café, uma do Notícias Agrícolas aponta que, ainda, não há como mensurar ou prever os prejuízos da colheita da safra de 2025. Isso acontece porque as floradas cafeeiras, ainda, não foram reportadas. Entretanto, a quebra corre risco de tornar-se, cada vez mais, uma certeza. Assim, se esse cenário se concretizar, a estimativa é de ocorrer uma perda de 20% nas peneiras do ano que vem.
Além dos itens que já sentem prejuízos imediatos, outros cultivos também preocupam produtores. A plantação de cana de açúcar no interior paulista e de soja, por exemplo, estão em estado de alerta. Dessa forma, o setor teme grandes perdas, especialmente por parte de pequenos produtores por não possuírem um sistema amplo de irrigação. Esse nicho é responsável por 13% da área da agricultura nacional
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