Foi lançado nesta terça-feira (23), em Brasília, o Fórum Brasileiro de Climatechs (FBC). O comitê foi formado por startups de tecnologia com soluções focadas no enfrentamento dos desafios climáticos. A reunião contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
O fórum reúne empresas que desenvolvem soluções tecnológicas com foco na redução de emissões de gases causadores de efeito estufa da atmosfera. No contexto da Nova Indústria Brasil (NIB), iniciativa do governo federal com caixa de R$ 78 bilhões para incentivar setores estratégicos da indústria, o grupo espera que uma aproximação com a Esplanada possa gerar a modernização de regulações setoriais e facilitar o desenvolvimento de soluções climáticas inovadoras, com fluxos de financiamento para as climatechs brasileiras.
Na reunião, Alckmin ressaltou o compromisso do governo federal de ouvir os empresários para desenvolver melhores políticas públicas para o Brasil. “Ouvi-los sobre questão regulatória, financiamento para as startups poderem crescer. Esse é o bom caminho, unir a preservação do clima, preservação dos nossos recursos naturais, tecnologia, desenvolvimento com sustentabilidade”, destacou o ministro.
Startups e o meio ambiente
Durante o encontro, 10 representantes de climatechs apresentaram suas iniciativas, apontando desafios e oportunidades que podem ser enfrentadas em conjunto com o governo. As instituições ligadas ao FBC já levantaram mais de R$ 2 bilhões e geram mais de 5.000 empregos diretos e indiretos no Brasil.
A ministra Marina Silva ressaltou que a pauta das climatechs está alinhada a diversas ações do governo. Por exemplo, a NIB e os planos de Transformação Ecológica e de Florestas Produtivas.
“Nós tivemos aqui uma demonstração de que, de fato, a gente vai fazer o enfrentamento da mudança do clima, da perda de biodiversidade, do combate à desigualdade a partir da junção de tecnologia e compromisso de colocar essa técnica a serviço de um novo ciclo de prosperidade. Então, ver que várias startups aqui apresentam soluções baseadas na natureza para melhorar a capacidade dos serviços ecossistêmicos e preservar a vida no planeta me enche de esperança”, avaliou a ministra.
Está nos planos do fórum promover diálogos entre as instituições participantes e o poder público. Assim, buscando organizar as demandas em nichos como o uso sustentável do solo, energia limpa e renovável, cidades sustentáveis, finanças climáticas e adaptação climática.
Futuro promissor
“A criação do FBC é importante para reunirmos diferentes empresas que atuam em prol do clima para trazermos mais força ao grupo. O encontro de hoje com o governo federal foi o primeiro passo importante para iniciarmos o diálogo com esses canais. Além disso, abrir mais oportunidades para as climatechs, visando atingir as estratégias desenhadas”, diz Zé Gustavo, coordenador da iniciativa, da startup de energia limpa Lemon.
Segundo Ricardo Gravina, cofundador e diretor executivo da Climate Ventures, instituto que atua como catalisador do Fórum, é importante avançar em compromissos para enfrentar a mudança climática. “Estamos empenhados em acelerar a transição justa para uma economia verde e, nesse sentido, um de nossos principais pilares é a orquestração de iniciativas como esta, que reúnem atores de diversos setores para avançar a agenda brasileira de inovação climática e fortalecer negócios que utilizam tecnologia para enfrentar desafios climáticos”, afirma.
Fonte: Um Só Planeta
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