As intensas chuvas que atingiram o estado do Paraná nos últimos dias causaram impactos significativos em diversas regiões. Em apenas quatro dias, a precipitação registrada foi superior à média esperada para todo o mês de dezembro em grande parte do estado. As consequências foram severas, com mais de 104 pessoas desalojadas e danos em mais de 659 residências, além de prejuízos em infraestrutura urbana.
Segundo a Climatempo, a chuva acumulada nas últimas 72h foi expressiva em diversos municípios, conforme dados do CEMADEN e do INMET.
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Destaques incluem:
- Cantagalo: 267,2 mm (média climatológica de 183 mm)
- Nova Tebas: 262,2 mm (média de 197 mm)
- Laranjeiras do Sul: 260 mm (média de 213 mm)
- Arapuã: 252,4 mm (média de 162 mm)
- Prudentópolis: 235,8 mm (média de 139 mm)
- Dois Vizinhos: 234,6 mm (média de 177 mm)
- Curitiba (Cachoeira): 197 mm (média de 152,4 mm)
Esses volumes expressivos contribuíram para alagamentos, enxurradas e deslizamentos em várias áreas.
A Defesa Civil registrou ocorrências em municípios como Paulo Frontin, Salto do Lontra, Campo Largo e Pinhais. As principais ocorrências incluem:
- Pessoas desalojadas: 104 no total (80 em Paulo Frontin, 20 em Mallet e 4 em Ponta Grossa).
- Danos a residências: Em Pinhais, 659 casas foram afetadas por alagamentos, enquanto em Ponta Grossa, nove residências sofreram danos.
- Infraestrutura comprometida: As chuvas danificaram ruas, bueiros e pontes, com a possibilidade de mais danos à medida que novos levantamentos são realizados.
Apesar dos prejuízos, não há registro de danos graves ou vítimas fatais até o momento.
Cataratas do Iguaçu: espetáculo natural intensificado
As Cataratas do Iguaçu, um dos principais cartões-postais do Brasil, registraram uma vazão cinco vezes maior que a média habitual, alcançando 7,7 milhões de litros por segundo nesta segunda-feira (9). O aumento é atribuído às chuvas intensas ao longo do Rio Iguaçu, que nasce na região de Curitiba e percorre o estado até a fronteira com a Argentina.
Embora o volume impressionante tenha mantido as passarelas e passeios no lado brasileiro em operação, a passarela de acesso no lado argentino permanece interditada por segurança. O cenário contrasta com registros históricos como o de outubro de 2023, quando a vazão atingiu 24 milhões de litros por segundo, a terceira maior da história. Naquele período, as passarelas chegaram a ser fechadas devido ao risco elevado.
Fonte: Climatempo
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